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22/05/2014

Sarados

Findo os tempos,
passaram os dias todos.
Calo o lamento que soterrava a minha voz e me comia a fome de viver!
Renuncio assim ao frio negro,
mitigo o calor tomado ao dia!

É o ponto de partida e o corte sem aresta viva!
A saída para as descobertas...
O desconhecido e a familiaridade de braço dado unicamente.
Um testamento reescrito da morte de outras vidas.

Findo o tempo,
não sobra tempo parado para se ser triste. 
Nem razões sobram à razão para chorar em fel.
O silêncio chega e vai-se.
Mas não é a presença da solidão.
É um silêncio partilhado, mão na mão!

Entre os beijos que dou, 
entre os carinhos que te dei e os que de ti recebo, 
finda o outro mau tempo.
Termina e se consola!

É o tempo agora de um "nós".