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31/05/2014

I.P.O.

Apresso o fim da memória.
É esta agora a hora de vos deixar partir.
A minha vida tem também de prosseguir.
Não posso ajeitar-me às vossas lembranças,
às dores que vos acompanham.

Conheço-Vos a todos.
São bocados das minhas veias onde eu também 
sangro sangue vivo!
Por mais que este amor que Vos tenho seja semelhante 
ao amor de Pai e Filhos,
nem eu sou vosso Pai nem Vós meus Filhos.
Apresso o fim da história onde eram e sempre serão 
as figuras principais de cena.

Vão, descansem.
Esta dor já se deve escrever só com minúsculas.
No meu Coração Todos têm um lugar destinado.
Nas minhas lembranças ainda vivem como as outras crianças 
Serão sempre parte de mim.

Um adeus adiado.