Translate

30/05/2014

Manipura

Um gesto.
Um toque que se tem por ser imperativo,
necessário como é o ato de respirar, 
o tocar...
O olhar a preceito,
de profundidade em piras de fogo desnudado 
sem forma de se apagar. 

As mãos abertas,
Os rostos em encosto serenos com os traços amenos 
de quem nos adormece ao lado e com quem 
se desperta na manhã seguinte com a doçura 
de sempre ter adormecido ao nosso lado.

Em aperto de corpos, 
de braços, de pernas, 
mãos, dedos e almas.
Eis a miragem.
O desejo do voltar, 
do regresso.
Não ouças o que digo.
Olha-me nos olhos.
Ouve-me acima do meu umbigo.
É a expressão só da saudade tua que agora vivo.