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28/05/2014

Sem legenda

Pára, sai da sombra!
Foge do frio e não andes a monte!
Solta-me, desabriga-me!
Dá-me a razão de ser teu! 
Encolhe-Te!
Respira-me! 
Abraça-te! 
Mastiga-me!
Não te afirmes nem me apontes!
Não maltrates essa estrada que trazes debaixo dos pés!
Cala o futuro e mo não contes!
Espera o virar solto de todas marés!
Vai por aí, segue esse caminho, 
abraça o meu destino e morada!
Sou como uma estrada que não vai a nenhum lado!
A esquina que não pode ser dobrada,
o fio da navalha, 
o gume da espada!
Sou quem recebe o amanhã!
És quem nunca foste, 
a sombra do ontem
A honra de ser vã!