Esse teu beijo,
a corajosa cedência, o milagre doado e a tão doce seda
em chamas e Luas bravas!
Como o primeiro foi não serão mais,
mas este beijo é nosso.
Não uma propriedade dada ou herdada,
mas nosso,
por inteiramente nosso!
Um presente no começo deste principio dos amantes.
Um beijo que era sonhado e não ensaiado,
ao qual toda a importância era atribuída como sendo a confirmação;
o pioneiro sacramento da prova.
A substância de que temos a chance e todas as hipóteses fundamentadas,
servidas em pratos de barro e loiças antigas de tons azuis,
que se servem em dias de festa.
Somos as parcelas certas da conta
que se faz ao contrário e que dá resultado afiado!
Aceita mais beijos e mais beijos eu te peço.
Beijo a beijo, mão aos sentidos e toques,
vamos calando as dores e dispersando os medos!
Vamos arrumando os nossos segredos mais íntimos e devaneios passados.
Se és Sul eu serei o Norte.
Assim somos o rasto e a passada,
a imagem e o espelho,
diferentes e desiguais em igualdades!
Mas olhas-me e derreto a dor.
Vejo-te e a força de ser teu arrebata-me, enfeitiça-me e repousa-me.
Assim seja.