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11/05/2014

Dom de amar

Um beijo repetido 
sem fim nem início.
As cartas de amor 
que se lêem vezes sem conta
como se pela primeira vez, 
de cada vez se tratasse.

A rosa que se colhe, 
com o sentido dada à rosa,
flor de amor a dar a quem se ama. 
Os sons dos lábios em beijos subidos à ara dos amantes.
Uma colcha de dois corpo,
telhado de actos de paixão.
O sorriso, o riso e o rir.
O cheiro,  perfume, o odor certeiro 
de esguia crueza em sublimada meiga memória.

Uma cama, 
um leito sem lugar, nome ou posição;
mas de verdade concreta, física.
Olhos que dialogam sem retorquir com a viva oralidade,
que carece de silabas, 
acentos ou regras de pontuação.

Estes são os pensamentos eternos que trago em mim de ti.