Um beijo repetido
sem fim nem início.
As cartas de amor
que se lêem vezes sem conta
como se pela primeira vez,
de cada vez se tratasse.
A rosa que se colhe,
com o sentido dada à rosa,
flor de amor a dar a quem se ama.
Os sons dos lábios em beijos subidos à ara dos amantes.
Uma colcha de dois corpo,
telhado de actos de paixão.
O sorriso, o riso e o rir.
O cheiro, perfume, o odor certeiro
de esguia crueza em sublimada meiga memória.
Uma cama,
um leito sem lugar, nome ou posição;
mas de verdade concreta, física.
Olhos que dialogam sem retorquir com a viva oralidade,
que carece de silabas,
acentos ou regras de pontuação.
Estes são os pensamentos eternos que trago em mim de ti.