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14/01/2019

Doce Mágoa


Não me digas nem o resto de uma palavra.
Nem a sombra de uma silaba ou o meio da metade do raiz quadrada de uma letra.
Não perfumes um som nem aspires o ar necessário ao início de um discurso.
Não saibas nada mais que o soar do silêncio virgem.
Não distingas o ruído do brotar da onda do Mar insano.
Não saibas o que se sente quando se escuta, 
nem escutes o que sente no mais profundo dos abismos.
Fica.
Serena.
Só.
Sobra-te comigo.
Sente-me como o Sol se sente a queimar e sofre-me.
Nega-me e espera a cada fim de tarde.
Fica.