por detrás da Lua esburacada,
rugosa.
Tentei ir até ao Sol mas em braseiro estava.
Não me quis nem falar.
Fui ao Oceano mais profundo,
mergulhei até chegar ao fundo mais final e profundo!
Estive no Deserto mais quente de todos eles,
colhi uma mão de areia,
lancei-a ao ar e tentei ver.
Na Estepe mais verde de planícies abundantes de vida,
corri a procurar até ficar sem espaço.
Na Selva a cada animal que vi
fiz sempre a mesma pergunta até que enfadados;
já fugiam de mim pela vegetação espessa e feita de aguarelas.
Fui ao alto do Evereste,
soltei uma voz em chamamento até se esgotar no eco das nuvens.
Apercebi-me que nada disto tinha tido efeito.
Arrumei as malas com todas as minhas verdades,
dúvidas e certezas poucas.
Apressei-me a voltar a casa.
Afinal...
Ainda dormias ao meu lado.
Foi só um pesadelo dos que nos servem para lembrar
da importância de tudo.
Eu não te tinha perdido.
Ainda eras o meu Mundo.
