Diz-me o que eu já sei mas quero ouvir-te dizer.
Não é por vaidade acredita,
mas sendo dito por ti eu acabo por crer!
Fala-me do que tens em ti quando eu te dou a mão,
quando eu te toco a fronte com os lábios,
te desamarro o cabelo com as pontas dos dedos frescos.
Sussurra-me um gemido perfumado ao ouvido,
enquanto a minha boca te perturba o corpo de beijos!
Suspende a respiração
no momento em que eu te abrace, aperte;
em que eu te estenda sobre mim sem teres peso.
Amar nunca foi assim.
Fala-me de mim.
De como me amas;
do tempo que não tivemos e dos tempos que teremos,
nem que seja uma hora ou mil anos pelo menos.
Diz como as palavras só tem sentido quando estás por perto!
Assim como o Vento passa a ter uma razão sem ser prenúncio
de ilusão.
Fala-me de mim!
De ti,
de nós.
Fica comigo.
Estou contigo, vês?
Já não estamos sós.