Desde uma mão cheia de recordações
com fel e amor medidos em partes tão desiguais,
como são a Lua e a Terra;
desde uma côdea de pão trincada pelos dois lados,
rija e mole no mesmo pedaço,
o sonhar de como são as estrelas,
o reflexo delas no sobe e desce das águas dos Mares,
desde uma voz em razão de existir e sobreviver
entre um grito e um sussurro quase mudo de morto,
desde como são os olhos dos que amam até à morte,
aqueles que odeiam o ter de morrer
no fim do tempo seja em que tempo seja...
São tais assim as formas,
as acepções,
os constantes combates que travo comigo
por já não mais ter-te aqui.
Entre um punhado de terra fria
numa placa de óbito achatada e roída;
jazes e contigo levas o que me era mais de meu e só teu.
O meu coração.