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15/01/2014

Um Menino soldado

Sou uma criança com olhar de homem feito.
Um menino que perdeu o riso e sorriso das crianças.
Não sei onde foi que ficaram.
Já não vive comigo lembrança de os ter.
Eu sei que já fui também una criança, mas agora não o sou.
Nasci noutros tempos que não estes de morte, 
de ódios plantados em terra avara e envenenada.
A guerra é feita pelos homens e pelas suas políticas.
Não são homens como eu!
São demónios que ao mundo se fizeram porque acreditam que o mesmo, é seu.
São eles monstros dos meus pesadelos à noite quando ainda sabia dormir.
Agora povoam os meus terrores despeitadamente, às claras.

Hoje são os meus senhores, 
que ao gosto dos seus horrores, das mortes e desgraça;
se apoderaram a minha vida e as de outros, ao desígnio das suas fantasias 
de poder, de dor e ganância.
Sou menino, mas eu não acredito nisso da infância.

Nunca ninguém ma deixou ter!