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17/01/2014

Erro humano

Não falo,
não omito ou minto.
Só calo
tudo o que em mim sinto.

Não desejo,
não desespero por um beijo.
O meu coração ficou negro e não o vejo.
Esses lábios não os revejo.

Tomei-te por diferente.
Não eras tal qual outra gente.
Fiquei apenas dormente,
Deixaste-me morrer propositadamente!

Este amor teria sido um milagre,
mas restou-me na boca um sabor a acre.
Dividiu-me como que cortado a sabre,
domado por uma tristeza que nada tem de nobre.

Não foi nada.
Nada de mais ou de menos.
Tudo agora é como água parada,
um gélido Mar de marés de venenos.