Nunca decidi ou ponderei o que haveria de ter feito ou não.
O meu viver é um aglomerado de notas de rodapé.
De impulsos e de desejos ditos de coração.
Os meus rumos têm a aparência de terem sido desenhados
com o uso de esquadros disformes.
Luto sem sentido.
Medi com recurso a um compasso quadrado as minhas rotas.
Uni com um tracejado por pontos cada próximo passo a dar,
cada destino final.
Tenho alguém a quem importo,
uma que por mim choraria.
Senão Ela quem mais?
Não fui temerário nem explorador ao acaso.
Sempre assumi o meu caminhar.
Assusto-me apenas agora com o facto de não conhecer,
o lugar para onde os meus olhos se dirigem.
Sempre desejei não ser mais do que quem ama.
Quem ama bem.
Eu nunca soube.