o bordado retocado de um passado,
numa juta de cores desmaiadas.
Bordo, corto, faço,
coso e desfaço;
relembro,
remato e me encanto.
Choro e rio,
crio e desmancho este bordado
que tem o padrão ditado à imagem de um segredo pousado.
Depressa desperto,
subo na cama e me encontro certo.
Finalmente destruo tudo e atiro
as linhas ofendidas para um canto escuro e velho
sem a nota de rodapé numa qualquer memória
ou desenho,
afincadamente guardado.
Fecho os olhos para me encontrar,
mas nem desta forma
tosca e parcimónia,
eu sou capaz de saber de mim.