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04/03/2014

Sob pele

Onde quer que eu esteja,
onde este lugar seja e até já tenha o nome esquecido e sem memória,
onde os meus pés assentam no solo e lama de outras épocas;

nas horas em que os parciais de tempo se regem como séculos
pelas dedadas nos vidros frios e húmidos da janela do quarto
que é este meu mundo,
nas letras das cartas escritas em procissões de palavras
com e sem sentido algum;

 
está o que sinto por ti.
Mora no meu peito a ausência e desejo oculto de ter-te.
Enobrece-me a força do teu ser.
Em qualquer dia, minuto, hora e segundo,
eu pertenço-te como o Céu é da Terra,
assim só eu sou teu.