Neste sopro de ternura,
nas páginas da sombra da minha vida escura,
no momento em que foi gravado
a ferro em brasa em mim,
selado a lacre cor de sangue;
num desespero soturno e abusado que terminou e ficou
sem mote para ser visto,
numa loucura sábia e azul,
supra pensada e matutada,
nas tensas calmas raivas
dos que me nutrem a voz de fervida ira;
nos recantos e esquinas sujas
apelativos de duvida na minha mente e razão,
na arritmia do coração
a que apelidei de meu que agora jaz quebrado,
aprumadamente estilhaçado,
no segredo mal amado e embevecido
por debaixo do meu travesseiro...
Surge esta minha inóspita sobrevivência e potestade.
Estranhamente;
não sei eu de onde ela nasce e corre.
Existe,
é e vacila sem queda ou tombo malhado.
Vai consumindo-me,
amando-me e retorquindo que é também parte numeral de mim.
Ficamos pois assim.