Nas sombras de mistérios
em que me deixo reger sem pensar por onde vou;
em que me deixo reger sem pensar por onde vou;
procuro-me como
se não me reconhecesse ao espelho
na sua imagem passiva.
na sua imagem passiva.
Em sombras que eu espero não sejam as ultimas,
pressinto que houve alguém
que em mim teve o anseio de tocar.
pressinto que houve alguém
que em mim teve o anseio de tocar.
Não me permito a relembrar
de quem falo.
Sinto a marca das suas mãos no rosto.
Sinto a marca das suas mãos no rosto.
Na sombra que eu não
reconheço como sendo da minha vontade,
procuro por algo diferente de tudo o que
eu experimento.
Uma luz, um marco de um começo.
Nada entendo do que digo e procrastino em devaneios
Uma luz, um marco de um começo.
Nada entendo do que digo e procrastino em devaneios
que já tinha dado como passados longínquos de um outro homem que não
era eu.
São sombras a mais estas em mim;
sentinelas das noites em que as estrelas todas
eu aconchegava em abraços infinitos.
sentinelas das noites em que as estrelas todas
eu aconchegava em abraços infinitos.
Nessas mágoas nebulosas em que me deixo ir sem pensar,
dou-me conta que as sombras não existem,
não jazem simplesmente.
Já eu existo, já eu insisto e teimoso teimo em me quedar.
A escuridão sou eu que a
obtenho por desejo de não mais desejar viver.
A solidão é como um
colcha de retalhos feita pelas nossas mãos;
veementemente apercebemo-nos de onde origina
cada fragmento e a dor passa a ser régia!
veementemente apercebemo-nos de onde origina
cada fragmento e a dor passa a ser régia!
Fechar os olhos e não mais acordar;
mas que paz!
Essa sim a minha paz.