procuro por quem eu tenho em mim.
Sou o mais incomum
do que o que é comum a todos os que me assombram.
do que o que é comum a todos os que me assombram.
Passo e repasso as saudades que sinto de ti.
Num espaço a que
chamo quarto,
com as paredes espelhadas de almas
que me despertam num terno desaperto da dor sobrevivo.
com as paredes espelhadas de almas
que me despertam num terno desaperto da dor sobrevivo.
Não me reconheço.
Não sei o que observo nos reflexos.
É alguém quem não sei quem é.
Não sei o que observo nos reflexos.
É alguém quem não sei quem é.
Toca-me e diz-me para onde eu quero ir!
Toca o que de mais
precioso e sentido eu tenho em mim,
permite-me ser quem eu deseje ser!
permite-me ser quem eu deseje ser!
Lembra-me o que já fui de
bom;
faz com que o que já fui de mau se renegue e pelo chão goteje e esfregue!
faz com que o que já fui de mau se renegue e pelo chão goteje e esfregue!
Não quero que pena de mim
tenhas nem quero eu pena de mim ter!
Procuro por alguém que me recorde quem eu era!
Nada mais me importa
senão sorrir sem fingir!
Nada mais suporto que não
queira suportar!
Não mais quero ser senão
o que eu seja nu e cru!
Acima de tudo, de todos, de Deus e do demo;
aceita-me e ao que é próprio de mim!
Ensina-me...
Ensina-me a parar,
a sonhar de olhos a jeito ao luar.
a sonhar de olhos a jeito ao luar.
Ensina-me a aprender a andar
nos meus passos.
Não nos que não são meus e não digas nada.
Não nos que não são meus e não digas nada.
Abraça-me e ao
que ainda não sei ser.
Só coloca os teus braços à minha volta e traz-me de regresso!