Todos me questionavam quem eu era,
de onde vinha quem havia sido,
o que desejava ser.
Todos não falavam um na sua vez,
mas sim todos ao mesmo tempo em segundos de horas eternas.
Nos seus excessos de perguntas,
questões, demandas e procuras incessantes;
nem sequer se preocupam com as respostas,
nem por um minuto mesmo se lhes prendiam as línguas
de modo a ponderarem as palavras que eu expelia.
Eu quase que ao gritar para eles murmurava ao vento.
Não eram as minhas respostas que desejavam nem o odor da minha voz!
Nos seus lábios iam pernoitando vocábulos de inquisição,
de muita expectativa e pouco discernimento.
Ao que parece nos seus ouvidos só seriam senhoras as respostas que eles já conheciam.
Apenas as desejavam escutar ecoadas com anéis de bom senso;
propriamente apropositados a uma realidade sem senso algum...