Translate

21/12/2013

Em terminações

Nos Montes, nos charcos,
por nuvens bicolores.
Em Serras, em matos,
nas pétalas das flores.

Nos movimentos de quem caminha em frente.
Ao soar da voz que grita aos cantos.

Entre os olhos das gentes e gentinhas.
Nas tuas mãos esses teus encantos.

Se os Céus se tombassem;
as mágoas partissem.
Se os choros quentes das crianças secassem no ventre.
Se o "sempre" fosse mesmo para sempre.

Nada faz falta aos que nada têm.
Nem quem tudo possui ou julga já ter,
jamais deseja ser outro alguém.
Permanece na procura do não padecer em data incerta.

Termina tudo sem rimar porque tudo tem o seu fim
até mesma a rima indigente.

É a vida que é tal qual.
Nem o sempre é para sempre e até a dor tem um final.