Translate

11/12/2013

Nothing at all

Quase tudo combina com quase nada.
Tudo se assemelha a quase praticamente a coisa nenhuma
que ainda seja reconhecível.

A linha das minhas palavras é silenciada, 
calada em tom de razão sempre digno, 
numa delicadeza de um olhar único, 
em jeito e modo incomum de observar.

Quase depois do amanhã, 
as memórias de um ontem;
de um passado não terminado tomam-me de assalto.
Sempre solenes na mesma ordem e disposição.

Sinto-me totalmente 
a combinar com totalmente nada.
Não pertenço, 
não me afinco, 
não sou e sem ser, 
proclamo em acalmias falsas 
que estou vivo, 
que existo mas somente persisto.

Sem respirar eu suspiro, 
sem um corpo quente, 
sem sangue de cor forte, 
vibrante nas veias;
sou só um fumo frio de gente.