Quase tudo combina com quase nada.
Tudo se assemelha a quase praticamente a coisa nenhuma
que ainda seja reconhecível.
A linha das minhas palavras é silenciada,
calada em tom de razão sempre digno,
numa delicadeza de um olhar único,
em jeito e modo incomum de observar.
Quase depois do amanhã,
as memórias de um ontem;
de um passado não terminado tomam-me de assalto.
Sempre solenes na mesma ordem e disposição.
Sinto-me totalmente
a combinar com totalmente nada.
Não pertenço,
não me afinco,
não sou e sem ser,
proclamo em acalmias falsas
que estou vivo,
que existo mas somente persisto.
Sem respirar eu suspiro,
sem um corpo quente,
sem sangue de cor forte,
vibrante nas veias;
sou só um fumo frio de gente.