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30/12/2013

A nossa medida

Os meus olhos.
Nestes olhos tímidos esconde-se o que neles transparece.
São os meus sentimentos que não devem transbordar.
Na minha boca.
Apenas deveria sorrir sem nunca aprender 
como dizer palavras como “mágoa” e “melancolia”.
A minha boca apenas deveria saber como é acarinhar a tua.
As minhas mãos.
São fortes e fracas aparentemente no mesmo instante;
quentes e frias, 
sensíveis e sem dó ao meu querer.
Não podem não deixar de pertencer às tuas.
O meu peito.
Ele foi traçado à medida correcta do teu rosto.
Notas isso quando nele tomas posse e te aninhas.

Assim como os meus lábios são à medida dos teus, 
as minhas mãos o par das tuas,
os meus olhos abrem-se a desejar só ver os teus.