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30/11/2014

Resumidamente ausente

Resumidamente.
Pairo aqui.
Não me vejo neste ou n´outro lugar.
Nem me sinto cá!
Não tenho sobras de sentimentos.
Vivo como que se escapa-se à vida.
Como uma sinfonia sem partituras, muda.
Inconstantemente fico com o peito a arder,
como quem se afoga e roga por ar.
Retorno vezes sem número às lágrimas 
cheias de tanto de mim.
Aos meus ais!
Aos tempos de passados doces e de estigmas inquinados.

Resumidamente!
Aqui eu me encontro como um a mais.
Sem resposta a qualquer pergunta e com
questões por demais.
Sem o respeito que me devem.
Sem o reconhecimento que é meu.
Trago no colo raivas de berço!


Aqui,
nem aqui estou.
E mesmo que me ausente,
amarguradamente,
ninguém se lembrará de me perguntar 
para onde eu vou.