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05/11/2014

Em branco

Vento acorrentado.
Remoinhos de falas por serem proferidas.
Histórias sem páginas medidas.
Gritos em silêncios apostados.
Magia de encantar ao avesso.
Luas e Luas sem regresso em meios dias gemidos.
Sombras sem sujeitos.
Milagres sem jeito e atrapalhados.
Cartas cheias de palavras e plenas de pó.
Remorsos enlatados.
Corações feitos num nó por racionalizar.
Memórias de sorrisos tidos em quase choros pernoitados.

Rosas sem cor cor de gente.

Lábios que nasceram só para beijar.
Sedes que afagam os corpos em parcas mortalhas.
Vozes que cantam ao além.
Servos das canções e odes sem razão ora.
Horas que foram horas.
O reinicio do princípio do agora.

O sujeito.
Aquele que na frase manda.
O que diz ao adjectivo o que o chama.
O nome que quiserem.

Sem mais...