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05/11/2014

Fito

Sem música 
mas com todas as partituras 
que fazemos ser os nossos sons.
Desprezadas as letras,
mas com todas as palavras 
que dizemos num ato de voz.
Negados os toques,
mas com toda a percepção 
dos nossos corpos,
de um modo que nem eu sei 
onde começo,
tu existes e o mundo sobra.

Com o tempo no passado,
a dor no presente,
a saudade no futuro.
Lembro as verdades.
Os dias na cama.
As coisas sem importância importantes.


Sem ti.
Não vivo.
Só ouço o que a minha alma reclama.