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08/11/2014

Nome

És a minha canção favorita.
O poema que li e que apagou 
todos os outros poemas já sentidos em mim.
Tu és onda que ultrapassou 
a sétima e se fez onda suprema.
És o quadro de Renoir 
que ele nunca pintou acordado.
O romance que Eça só escreveu 
em rascunho e não o deu ao mundo.
Tu trazes-me o sabor 
da broa de milho quente nas escadas frias,
na memória da minha infância.
Recordas-me de como parar é bom.
Partir pode ser mais que fugir,
o amanhecer não é só a noite 
que se abandona.
Coses os meus pedaços 
com a linha da serenidade.
Unes-me e torno-me são.
Abraças-me em abraços de abrigos.

És Tu.