nasce,
incógnita e suprema,
a permanente ideia
de que quando estou contigo
estou sempre nu de tudo.
Sem o peso de nada.
Na mesma nudez,
não tem lugar
a hipocrisia dos falsos afetos.
Das juras ad aeternum
sem a palavra dada.
Sem sinal de sangue vermelho vivo
em letra lacrada em honra.
Ficas nua em mim, eu nu dentro de ti.
Neste mundo só feito por nós,
dentro do mundo de todos,
não temos passado
que nos apoquente.
Somos só feitos do presente.