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09/09/2014

Lágrima insaciada

Madrugada anoitecida.
Chuva sem memória.
Nós marcados no velho teixo pelas horas tidas.
Suspiros em gritos de silêncios lacados.
Escuridão clara em luz que só cega.
Dedos sem a percepção das mãos.
Mundo que não pára nos dias que deveriam ficar.
Hipóteses sem o concreto da confirmação.
Mortes sem data assinalada ou com data de expiração.
Tatuagem que deixou a pele para trás...

Perpetuar a escravidão do que somente se recorda.
Do que vivo nos lábios em sangue e palavras aprisionadas...
É gozar o pleno da dor.