Translate

02/06/2014

Algo mais

A casa, a ruína, o remetido,
acossado, saciado, sustido!
Um, dois, três, quatro!

Do lado, 
aparecem os Céus negros,
sobe o pano...
A casa, a ruína, o remetido,
abraçado, apressado e justamente incomodado.
Um, dois, três, quatro!

O Céu sem nuvens como se as nuvens precisas fossem!
Eis viagem que não se fez,
os espaços onde não se foi e os sítios que se trazem nas páginas do ser.
Acossado, saciado, sustido!
Um, dois, três, quatro!

Passo, repasso e vou.
As chagas estão...
Vão os meus dedos ao vento e ao vento eu me abraço.
Um, dois, três, quatro!

Não sei o que digo e não sei o que sei e sinto em mim!
Estou em nada, 
vivo num tudo já que nada já não sou!
Era eu acossado, saciado, sustido!
Um, dois, três, quatro!

Começo. Vou.
Em que frase inscrevi o meu nome e assinei a minha sombra?
Sendo que em nada me demoro,
um, dois, três, quatro!

Quatro, três, dois, um!
Eu serei algo mais!
Tudo me podem atirar!
Tudo posso sempre recusar.
Depois do dia dos dias,
nunca mais!
Acossado, saciado, sustido,
um, dois, três, quatro!


Paras a cadência!
Eu sou mais que a sequência das sucessões das cicatrizes.