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30/06/2014

Preceito

Não acredito.
Não creio.
Não suspeito nem despeito.
Nada me faz crer.
Nada indicaria algo igual
ou prometeria.

O que personificam e desmontam,
no meio de um receio temerário, 
sem o que poder afirmar.
Numa deliciosa confusão
que traz a promessa de um final.
Por entre palavras ditas e tidas 
com força de lei de Talião, 
o milagre da verdade é o que se distingue.

O que me desce aos ouvidos, 
é algo com bom senso e sentido.
O que me é dado a reconhecer, 
sossega-me e dá-me a paz de um passado, 
em que sabia que essa mesma paz
já era minha.


O que me dás, 
é a serenidade 
de não escutar mais os meus passos, 
em noites de insolentes insónias.