Não acredito.
Não creio.
Não suspeito nem despeito.
Nada me faz crer.
Nada indicaria algo igual
ou prometeria.
O que personificam e desmontam,
no meio de um receio temerário,
sem o que poder afirmar.
Numa deliciosa confusão
que traz a promessa de um final.
Por entre palavras ditas e tidas
com força de lei de Talião,
o milagre da verdade é o que se distingue.
O que me desce aos ouvidos,
é algo com bom senso e sentido.
O que me é dado a reconhecer,
sossega-me e dá-me a paz de um passado,
em que sabia que essa mesma paz
já era minha.
O que me dás,
é a serenidade
de não escutar mais os meus passos,
em noites de insolentes insónias.