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11/06/2014

Destino morto

Ando só moribundo.
Sem estar neste nem n´outro mundo.
Espalho o meu corpo por onde passo.
Tenho embutido em mim a busca de um abraço.

Ando só moribundo.
Não sei se tenho campa ou endereço.
Tenho mágoa e rudeza num peito sem preço.
Morri mas ando ainda no topo do mundo

Só moribundo.
De refeição como a minha língua de lado.
De sobremesa a ilusão de uma luz lá ao fundo...
Não estou morto,
mas tenho o olhar emparedado.
Durmo sem repousar, 
um sono amargamente profundo!