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18/06/2014

O trigésimo dia

Entreguei-me aos teus braços.
Apego-me às tuas mãos.
Lavo-me nu no toque dos teus dedos.
Vejo-me nos espelhos dos teus olhos.
Formei-me às curvas dos teus seios...

Aproximo-me da tua voz,
ouço nela um endereço de paz.
Sobram-me agora lágrimas no teu corpo,
lágrimas que já não podem ser lágrimas nunca mais...

Sobejam-me agora os suspiros e os gemidos são de prazer.
Os meus sentidos ficaram em repouso.
Só um sono em silêncio tomava conta do meu rosto.
Cerrava as minhas pálpebras em calma pura...


Entreguei a minha alma nos teus braços.
Neles, finalmente sereno dormia.
Agora;
hoje nesta noite,
eu não durmo mais...