Antes da noite acabar e a madrugada lhe roubar o poiso,
olhei para ti acordado em maravilha.
Dormias e se ameaçavas o despertar,
os meus dedos o negavam em carícias.
os meus dedos o negavam em carícias.
Palpável lá estavas.
Eras ali,
ao meu lado na cama doce e aquecida.
ao meu lado na cama doce e aquecida.
Não era uma ilusão formada ou conto que li,
que inspirou um sonho,
que inspirou um sonho,
com um acordar em pesadelo.
Estás e sinto-te aqui.
Afago os teus cabelos,
sou o teu guarda.
sou o teu guarda.
Vejo a tua boca,
o fim do teu queixo,
a percepção do princípio do teu pescoço.
o fim do teu queixo,
a percepção do princípio do teu pescoço.
Respiras.
Dormes junto a mim.
Como que por intuição desmedida,
agarras o meu braço e o repousas a enlaçar a tua cintura,
espalmando eu a minha mão nas tuas costas em mar de sedas.
espalmando eu a minha mão nas tuas costas em mar de sedas.
Permito-me a adormecer.
Sinto-te aqui.
Não estás nem onde eu acabo nem onde começo.
Estás em mim.