escuto o percutir do meu coração.
Ouço-o em simplicidade antagónica.
Não o ouvir mais seria a prova da minha anunciada morte;
a minha finalização.
É a reprovação e a comprovação
de que estou vivo desejoso do não o estar.
Os meus sentidos seriam adormecidos de vez e não teriam
mais modos de me abocanharem.
O capitulo ultimo da minha vida,
devotada a não ter devotos,
seria vivida passo a passo,
entre risos e ecos de carpideiras.
O sentido dela?
Nunca o soube descortinar.
Posso afirmar sem dados em negação,
que a vida que foi-me destinada;
nunca eu a tive na mão.