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05/02/2014

Até uma formiga tem o seu lugar

Procuro por ela.
Vou dando a conhecer o que me espera.
Nada mais me detém neste centro de desatenções.
Tudo o que está para suceder assim será.
Eu permito que assim seja.
Procuro a tal barca da vida sem medo de tomar lugar nela.
Vejo-a e nela subo.
Não me detenho, não fujo!
A barca desta vida não passa por mim.
Não a autorizo.
Busco-a, incessante, ofegante, desgastado e de jeito afundado.
Acho-a dentro do peito, 
pujante, flamejante, segura; 
percorrida dia após dia e noite entre noite.
Não dou ordem de passagem à barca da vida por mim!

Passarei eu, 
sempre eu por ela!