Será um dia vago?
Um pedaço de estrela esquecida que caiu do céu?
Será um aceno de um adeus
que parece ser em regresso e não em partida?
E em que ramo de árvore está o ninho
que foi abandonado por já não ter um propósito?
É este o álbum de retratos que em desconsolo é folheado
como quando se tira a pele a uma cebola e se fina em choro?
Será um dia vago?
Um soneto sem fim escrito?
Uma interrogação sem sujeito e o singelo verbo?
O que é esta falta em vazio mortal?
Não é nada demais...
Só a ausência da tua mão
no meu ombro e o peso do teu queixo com ela.