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03/12/2014

Será

Será um dia vago?
Um pedaço de estrela esquecida que caiu do céu?
Será um aceno de um adeus 
que parece ser em regresso e não em partida?
E em que ramo de árvore está o ninho 
que foi abandonado por já não ter um propósito?
É este o álbum de retratos que em desconsolo é folheado 
como quando se tira a pele a uma cebola e se fina em choro?

Será um dia vago?
Um soneto sem fim escrito?
Uma interrogação sem sujeito e o singelo verbo?
O que é esta falta em vazio mortal?

Não é nada demais...
Só a ausência da tua mão 
no meu ombro e o peso do teu queixo com ela.