Não me lembro dos passos
que dou pela calçada.
Não por não me aperceber
de quais são as minhas passadas,
pegadas ou rastos.
Não por não conhecer o pisar dos meus pés.
Em exclusão de partes e unicamente,
simplesmente,
em absurda e concreta lógica,
não reconheço é esta calçada,
este solo que percorro,
o chão onde me finco.
Não sou capaz de descortinar
se venho ou vou.
Perante estas evidências ou ausência delas,
sei apenas,
que parado é que eu não estou.