Fora do lugar,
dos centros e das presenças.
Encontra-se tudo o que era palpável,
a meia haste.
Sem imagem, número ou estante.
A confusão nas palavras torna-se tortura fácil.
As orações em pedidos minúsculos,
são enjeitadas logo ao princípio,
tal como uma dança a dois,
mas sem ter um par.
Não existe forma de reparar tudo.
Não temos modo de nos abandonarmos
ao espaço e voltar a ter os acentos todos nas letras,
a comida na mesa em cada prato devido.
Não há nada a consumar.
Estão todas as horas partidas,
quebradas, exaustas, resumidas,
sem a ponta do começo.
Vejam as luzes amarelas da cidade
em neblinas de cores alternadas em tons baços
de uma matriz feia.
Confirma-se tudo partido.
Desunido,
sem pista dos pedaços dos cacos feridos.
Disperso só com a miragem
do que era magia.
Uma fotografia feita só de um pano de fundo.
Fecha-se os olhos e some-se a realidade.
Apressa-se a morte mais um dia.
Um de cada vez.