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15/10/2014

Um tudo de razão

Eu não sei se a maré é raiada.
Nem me importa.
Não me importam as conversas sem nexos 
que me teimam em queimar os ouvidos.
Eu reconheço que sou vivo 
atrás das palavras onde me mostro.
Estou aí despido e mais certo de mim.
Suplicante nunca.
Sabes disto.
Sabes que respiro dentro de ti.

Eu quero afogar-te em prazer inominável.
Seria assim...
Amante, 
homem,
amigo,
pretenso poeta pleno de insanidades.
Humano gente.
Mas isto não tem valor.

Amo-te.
Diria-te.
E isso valeria sim 
um tudo.