Espelho de lágrimas.
Cacos dispersos ao padrão
dos gritos inócuos mas audíveis
Movimentos nomeados na escuridão
no meio das pessoas que não são luz.
Janela de nuvens
que sobra-me ao meu peito.
Mesmo assim...
Tu.
A estrela a chamar por mim.
Tu.
O desespero que toma o seu fim.
Tu.
A dezena deste terço da minha história
que não tem mais dezena nenhuma por fim.
Tu.
O mundo é um lugar mais finito
por ter-te dentro.
Tu.
A metade de mim que eu não encontrava
aqui dentro.
Tu.
Espelho sem reflexo remexido,
fonte de palavras frescas que me matam a raiva.
Tu.
A história por contar de mim.