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27/10/2014

Ela

Espelho de lágrimas. 
Cacos dispersos ao padrão 
dos gritos inócuos mas audíveis
Movimentos nomeados na escuridão 
no meio das pessoas que não são luz. 
Janela de nuvens 
que sobra-me ao meu peito.

Mesmo assim...

Tu. 
A estrela a chamar por mim. 

Tu. 
O desespero que toma o seu fim. 

Tu. 
A dezena deste terço da minha história 
que não tem mais dezena nenhuma por fim. 

Tu. 
O mundo é um lugar mais finito 
por ter-te dentro. 

Tu. 
A metade de mim que eu não encontrava 
aqui dentro. 

Tu.
Espelho sem reflexo remexido,
fonte de palavras frescas que me matam a raiva.

Tu.
A história por contar de mim.