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11/10/2014

Paraiso desigual

Fiel.
Forte.
Resistente ao sopro da morte.
As respostas sem pontos cardeais.
Os dias libertos dos ideais.
O constrangimento incoerente dos actos
supostamente adequados
aos olhos dos normais.
Sem medo,
mal ou falta de postura.
Sem a compostura das sombras na sombra.
As mãos com os dedos todos à mostra.
Os assuntos não tidos
na importância da vida da sociedade.
Mas reparem.

Vejam sem o corpo mas com a alma.
 


Saibam por quem chora quem chora.
Que dor tem quem sofre.

Que sentido de conforto lhe dá norte?
Como se espanta o mistério da morte.
Digam não quando o sim for mais fácil de dizer.
Digam gente!
Não digam aqueles tais.
Apressem a salvação,
digam o bom dia!
Acabem com o ser-se indiferente!
Tornem o colo comum.
Transformem as lágrimas só em choro banal.

Façamos com que nada,

seja mais nada de igual.