Sou escravo.
Tu o meu tronco.
Abraço-o.
Abarco
a sua imensa sombra
que realça
só a luz que há em mim.
Aqui estamos.
Em amor e dor.
Tudo cinza.
Nada preto e branco.
Nada
por mais certo e menos errado.
Só te quero.
Como deserto
pede o milagre da água.
Mesmo que seja
para conhecer
a desgraça da seca.