Aceita.
Toma-me.
Beija-me
por inteiro e sem pudor.
Faz-me rei e servo.
Ruína e palácio.
Vem.
Não sou metade
de nada sequer.
Dá-me tudo de ti.
Sem constrangimento.
Sem a pálida vergonha
do que é só nosso.
Vamos.
Fingir que vamos dormir.
Inventar
que vamos adormecer pelo cansaço.
Não.
Só depois do nosso suor
a dois corpos embrionados.
Vem.
O teu umbigo.
A mira do teu sexo molhado,
quente e disposto.
Já não temos
roupa a mais.