Os dias não comportam nenhum sabor.
Trinco as semanas como quem morde
uma bigorna rija e sem vestes..
Não trago sangue nas veias.
Sequei.
Sou um com o ponto de rotura de tudo e de todos.
Neste dormitar inconspícuo,
passam os segundos por mim,
como um gesto de adeus
no breu dos primeiros passos da noite.
As horas parecem já não saber quem são.
Conto o tempo por elas, as anónimas.