O lugar do meio num sofá de três lugares.
O seio direito.
As estradas que não são denotadas por não irem a lugar nenhum.
A critica dada em voz alta.
Encontro de elogios.
Arremesso uma gota de chuva.
Sensações na pele que a mesma encrespam.
Oposição de costas molhadas.
Sublimações respiradas.
Recantos selados na alma.
A cor de limão.
Sopas de café.
As latas de feijão manteiga empoleiradas
em padrões arquitectónicos no hiper.
A glória da juba de Caetano.
O corredor da porta de entrada com soalho brilhante
em madeira anciã polida.
As garras da gata nas aduelas mastigadas.
Cemitério de desejos.
Reparo e recordo estas imagens,
sensações,
atalhos...
Não sei sequer porquê.
Alquebro-me.
Olha para elas como se vê uma lista de compras por fazer,
esquecida num bolso de um casaco arrumado.