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30/07/2014

Sem meio nem fim

Como um mar sem marés.
Onda sem espuma alva e borbulhante.
Como um rio sem foz.

Incompleto.
Incerto e com a certeza disso.

Como um prato sem margens.
Um relógio sem ponteiros a marcar as distâncias.
Tal qual as gotas de chuva 
que param a meio do céu e gelam.
Os charcos de água parada no momento 
até que um pé nu os pisa.
Um mapa sem os nomes das terras, 
só os números das estradas.

Sinto-me assim nestes estados...

Tenho a dor apenas com o nome que lhe dei.
Assim a levo aos meus braços e a escondo em silêncios gritados em mim.