Como um mar sem marés.
Onda sem espuma alva e borbulhante.
Como um rio sem foz.
Incompleto.
Incerto e com a certeza disso.
Como um prato sem margens.
Um relógio sem ponteiros a marcar as distâncias.
Tal qual as gotas de chuva
que param a meio do céu e gelam.
Os charcos de água parada no momento
até que um pé nu os pisa.
Um mapa sem os nomes das terras,
só os números das estradas.
Sinto-me assim nestes estados...
Tenho a dor apenas com o nome que lhe dei.
Assim a levo aos meus braços e a escondo em silêncios gritados em mim.