A echarpe esquecida na ombreira do sofá.
O choro deitado fora.
As luzes a sombrear as ruas do meu caminho,
como se o meu caminho fosse das ruas.
Suspiros por dar ao ar da noite.
Remorsos em chagas deitadas.
Raivas consumadas numa cama de lençóis molhados
com suor e outros líquidos doces nascidos dos nossos corpos.
Momentos em nuvens brancas
promessas de dias sem chuva ou de dias de calor terno.
O mar azul e mais azul, sempre azul e frio, fresco, forte, farto, frontal e sem fim!
Uma rosa de pedra.
Imagem repetida do meu coração.
Até ao pormenor dos espinhos...