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20/08/2014

Manhã

As tuas costas.
A minha mão a percorrer 
a planície das tuas costas
em sentidos e direcções 
que só eu conheço e tu adivinhas.

As tuas pálpebras, 
doces águas 
para os meus rios de beijos.
A tua face encostada à minha 
em siamesa decisão natural e tão meiga.
A tua boca é a terra de onde brota 
a semente que sou eu.

Tu.
És aquela que eu acordo 
com o meu despertado corpo.