na outra margem que me aguarde.
Este mar é o espelho
de tudo o que me é longe.
É o segredo demasiado frágil
para ser eu a guardar.
Não sei dispor os talheres
nesta mesa de um lugar só
onde me sento.
Tomo este espaço neste assento,
aqui me sento sentindo-me em sentido.
Depois da curva ninguém me espera...
Ao fim do caminho
não tenho um abraço resumido em amor.
Sinto-me apenas no meio de tantos,
sozinho.
Sem voz armado de dor.