Os galhos,
as folhas novas,
velhas e de outono.
Aqui tens a seiva,
o tronco em madeira tosca,
reles mas forte,
natural,
sem adições ou subtracções de nada.
Aqui tens a raiz,
a fraqueza e a força do ser todo.
O centro,
os anéis dos tempos delineados.
Aqui tens as ramadas que cresceram pelos anos.
Aqui me tens copa e raízes.
Dou-te a sombra,
o fresco,
o abrigo,
o acalentador tronco massivo
que te serve de poiso,
ninho e memória real e vigente.
Aqui estou.
Árvore.
Cepo.
Marco demente.
Aqui me tens.
Sabe-me bem que aqui me tenhas.